sexta-feira, dezembro 31, 2010

# CDXXV - Growing UP

.
.
.


[Algures da net]


Inexorável, na sua passagem, o tempo esvai-se.
E vai mudando as verdades. Substituindo-as. Até as desacreditar.



Delfins [A Queda De Um Anjo]

Testemunhos da verdade
Tanto vão de mão em mão
Que se perdem com a idade
Porque ninguém nasce ensinado
O que aprendi já está errado
Não acredito no meu passado

É a queda de um anjo
Em cima de um homem
Que ao ganhar idade
Perde a razão
Ontem liam evangelhos
Hoje é lei a constituição
Mas que ninguém me dê conselhos
Nunca gostei que a maioria
Organizasse o meu dia a dia
Não acredito em democracia

É a queda de um anjo
Em cima de um homem
Que ao ganhar idade
Perde a razão.
A todos os anjos
De todos os sexos
Agarrem as asas ao cair do chão.



sábado, dezembro 25, 2010

# CDXXIV - Joan Sutherland

.
.
.


[Natal'2010]




Neste Outubro passado morreu, com 83 anos, a diva australiana da Ópera, Joan Sutherland.


Neste tema há aquilo que eu mais aprecio na ópera - os agudos femininos que "requebram" e os coros masculinos poderosos.


Porque é Natal... um pouco do melhor dela.



Ah non giunge uman pensiero
(La Sonnambula de Vincenzo Bellini)

Ah! non giunge uman pensiero
[Ah! don't include human thoughts can reach]

l contento ond'io son piena:
[the happiness I'm filled with:]

A' miei sensi io credo appena;
[I just barely believe my senses;]

Tu m'affida, o mio tesor.
[You trust in me, oh my love]

Ah mi abbraccia, e sempre insieme
[Ah you hug me, and ever together]

Sempre uniti in una speme,
[Always we joy in a hope,]

Della terra in cui viviamo
[Of the earth in which we live]

Ci formiamo un ciel d'amor.
[here we will make a heaven of love]





segunda-feira, dezembro 20, 2010

# CDXXIII - A man out of his land

.
.
.


[Londres - Dez'10]



Estive numa loja (absolutamente excepcional!) da National Geographic.


E no British Museum.


Ambos me remeteram, entre outras coisas, para África.


E lembrei-me desta canção... um dueto improvável entre a Dani Klein e o Bonga.

Ilia
Vaya Con Dios & Bonga


Gone is the man
Who loved his land
More than day
If his heart had to leave
His soul was to stay

Hear them calling
From the mountains
Calling from the plains
Hear the wind
Through the leaves
Singing lonely refrains

Banza banza banza banza ixi mi
Ixi mi mu n’gola
N’golo banza N’golo banza oh kima

U n’guivila n’go mueniomo
Ni ji pangue jé kuteka
Kuilatata u mudi zé-zé
Mukonda di n’zé

Ilia Ilia
Ilia uaié
Uaié- uaié
Ilia uaié
Kalunga n’gumba ué mambata
Ilia uaié
Uaié - uaié
Ilia uaié
Kalunga n’gumba u mambata
Uaié uaié
Uaié uaié

Pray for the man
Who left his land
Aching for better days
A man who’s heart's
Bound to bleed
For the ones who remain

U n’guivila n’go mueniomo
A mu tele oh n’do
Muloji mala kua muxima
Kua mu jia
Muene u diene
Mu ixi i muxima kifussa

Ilia Ilia
Ilia uaié
Uaié - uaié
Ilia uaié
Kalunga n’gumba ué mambata
Ilia uaié
Uaié - uaié
Ilia uaié
Kalunga n’gumba u mambata
Uaié - uaié
Uaié - uaié

Ilia Ilia Ilia
The land is calling out your name
Ilia Ilia Ilia
Hear them calling out your name
Ilia
Uaié, uaié
Uaié uaié




quarta-feira, dezembro 08, 2010

# CDXXI - Carpe Diem

.
.
.


[É só ler(e)... Porto - Set'10]



Just Breathe - Pearl Jam

Yes I understand that every life must end, aw huh,..
As we sit alone, I know someday we must go, aw huh,..
I’m a lucky man to count on both hands
The ones I love,..

Some folks just have one,
Others they got none, aw huh,..

Stay with me,..
Let’s just breathe.

Practiced are my sins,
Never gonna let me win, aw huh,..
Under everything, just another human being, aw huh,..
Yeh, I don’t wanna hurt, there’s so much in this world
To make me bleed.

Stay with me,..
You’re all I see.

Did I say that I need you?
Did I say that I want you?
Oh, if I didn’t now I’m a fool you see,..
No one knows this more than me.
As I come clean.

I wonder everyday
as I look upon your face, aw huh,..
Everything you gave
And nothing you would take, aw huh,..
Nothing you would take,..
Everything you gave.

Did I say that I need you?
Oh, Did I say that I want you?
Oh, if I didn’t now I’m a fool you see,..
No one know this more than me.
As I come clean.

Nothing you would take,..
everything you gave.
Hold me till I die,..
Meet you on the other side.





sábado, novembro 27, 2010

# CDXX - Tradição

.
.
.












Mariza está de volta... e traz um dos mais bonitos fados tradicionais como bonus track, da edição cartonada.






Lavava no rio, lavava
[Amália Rodrigues / Fontes Rocha]

Lavava no rio, lavava
Gelava-me o frio, gelava,
Quando ia ao rio lavar.
Passava fome, passava,
Chorava, também chorava,
Ao ver minha mãe chorar!



Cantava, também, cantava!
Sonhava, também, sonhava!
E, na minha fantasia,
Tais coisas fantasiava,
Que esquecia que chorava,
Que esquecia que sofria!

Já não vou ao rio lavar,
Mas continuo a chorar!
Já não sonho o que sonhava!
Já não lavo no rio!
Por que me gela este frio
Mais do que então gelava?


Ai, minha mãe, minha mãe
Que saudades desse bem,
Do mal que eu não conhecia!
Dessa fome que eu passava,
Do frio que nos gelava,
E da minha fantasia!

Já não temos fome, mãe!
Mas já não temos também
O desejo de a não ter!
Já não sabemos sonhar,
Já andamos a enganar
O desejo de morrer!







segunda-feira, novembro 22, 2010

# CDXIX - Dos medos

.
.
.




When I have fears that I may cease to be
Before my pen has glean’d my teeming brain,
Before high-piled books, in charact’ry,
Hold like rich garners the full-ripen’d grain;
When I behold, upon the night’s starr’d face,
Huge cloudy symbols of a high romance,
And feel that I may never live to trace
Their shadows, with the magic hand of chance;
And when I feel, fair creature of an hour!
That I shall never look upon thee more,
Never have relish in the faery power
Of unreflecting love;–then on the shore
Of the wide world I stand alone, and think,
Till Love and Fame to nothingness do sink.

Jonh Keats.

sexta-feira, novembro 19, 2010

# CDXVIII - (Per)seguindo...

.
.
.


[Caminhos - Agst'10]


Na vida vamos percorrendo caminhos. Escolhas de rotas/destinos e/ou diferentes caminhadas/viagens...


A passagem de uns para outros são, por regra, associadas a marcas que sabemos identificar, se para aí estivermos virados.


Poderá ser (remetendo para a foto) uma pinha que diz até aqui é areia. Com uma cor predominante mas com cambiantes trazidas por caruma e outras vegetações. Daqui para a frente é, e apenas, alcatrão... cinzento, e apenas, cinzento!


A banda sonora deste momento é da responsabilidade da interessantíssima Carla Morrison.




PAJARITO DEL AMOR
[CARLA MORRISON]

Ando buscando un pajarito del amor
que sonreía al volar a mi alrededor
que me daba besos al volar
y me quería tanto hasta reventar

ese pajarito me recuerda a ti
y siempre te busco al dormir
despierto y me pongo a pensar
donde y cuando tu volverás

yo sé yo tengo la culpa
yo se te debo disculpas
yo sé fui perdiéndote
yo sé yo tengo la culpa
yo sé ya no ay escusas
yo sé sigo amándote

caminas seguido en mi pensar
y te miras tan guapo al pasar,
buscando una solución yo se
que ya soy parte del ayer

tuve una gran oportunidad
pero moría de nervios no podía ni hablar
reprimí lo que sentía
y termine sintiendo espinas

yo sé yo tengo la culpa
yo se te debo disculpas
yo sé fui perdiéndote
yo sé yo tengo la culpa
yo sé ya no ay escusas
yo sé sigo amándote







sábado, novembro 13, 2010

# CDXVII - Sem loucura, que seria?

.
.
.


[A loucura passeia-se só - Porto, Nov'10]





Uma dose de loucura é-nos, estou convicto disso, brutalmente essencial.

Um dia, partilharam comigo uns versos de Fernando Pessoa que me agradam bastante:

"Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria? "

Associarei sempre a canção deste post, do imensamente grande Silvio Rodrigues, à magistralmente enorme Mercedes Sosa - perguntando-me que cosa fuera?






La Maza - Silvio Rodrigues

Si no creyera en la locura
de la garganta del sinsonte
si no creyera que en el monte
se esconde el trino y la pavura.

Si no creyera en la balanza
en la razón del equilibrio
si no creyera en el delirio
si no creyera en la esperanza.

Si no creyera en lo que agencio
si no creyera en mi camino
si no creyera en mi sonido
si no creyera en mi silencio.

Que cosa fuera
Que cosa fuera la maza sin cantera
un amasijo hecho de cuerdas y tendones
un revoltijo de carne con madera
un instrumento sin mejores resplandores
que lucecitas montadas para escena
que cosa fuera - corazón - que cosa fuera
que cosa fuera la maza sin cantera
un testaferro del traidor de los aplausos
un servidor de pasado en copa nueva
un eternizador de dioses del ocaso
jubilo hervido con trapo y lentejuela
que cosa fuera - corazón - que cosa fuera
que cosa fuera la maza sin cantera
que cosa fuera - corazón - que cosa fuera
que cosa fuera la maza sin cantera.

Si no creyera en lo más duro
si no creyera en el deseo
si no creyera en lo que creo
si no creyera en algo puro.

Si no creyera en cada herida
si no creyera en la que ronde
si no creyera en lo que esconde
hacerse hermano de la vida.

Si no creyera en quien me escucha
si no creyera en lo que duele
si no creyera en lo que queda
si no creyera en lo que lucha.

Que cosa fuera...



segunda-feira, novembro 08, 2010

# CDXVI - What do you do when your true love leaves?

.
.
.


[Alice is gone - Porto, Agst'10]


Uma novidade, para mim.
Estava fartinho de o ouvir colado a outras vozes, sem lhe ligar nenhum.
Aagora, aterrou aqui.
Em grande!
m.ward...



The sad, sad song [m.ward]

Oh, I went to the Doctor
I said, Doctor, please
What do you do when your true love leaves?
He said, the hardest thing in the world to do
is to find somebody believes in you.

Go...make a sad, make a sad, make a sad, sad song
Make a sad, make a sad, make a sad, sad song

And so I went to the Whippoorwill
I said, Whippoorwill, please
What do you do when your true love leaves?
He said, I only had but one trick up my sleeve
I sing it over and over 'til she comes back to me

I make a sad, make a sad, make a sad, sad song
I make a sad, make a sad, make a sad, sad song

And so I went to a Whale
I said, Killer Whale, please
What do you do when your true love leaves?
He said, I only had but one trick up my sleeve
I sing it over and over 'til she comes back to me

I make a sad, make a sad, make a sad, sad song
I make a sad, make a sad, make a sad, sad song

And so I went to my Mama
I said, Mama, please
What do you do when your true love leaves?
she said, the hardest thing in the world to do
is to find somebody believes in you.


sábado, novembro 06, 2010

# CDXV - On jouait de Jazz

.
.
.


[MusicMan - Abril'10]


Uma das minhas cantoras favoritas da música francesa. Sabe-me sempre bem voltar a ela (se procurarem neste blog poderão comprová-lo). Patricia Kaas.





Patricia Kaas
À l'enterrement de Sidney Bechet
[Fernheim - Barbelivien]


À l'enterrement de Sidney Bechet
Y'avait des flûtes des clarinettes
So long Big Man
À l'enterrement de Sidney Bechet
Y'avait des putes et des poètes
Et des barmans.

À l'enterrement de Sidney Bechet
Y'avait Boris et sa trompette.

À l'enterrement de Sidney Bechet
On jouait de jazz rue de la Huchette.

À l'enterrement de Sidney Bechet
Y'avait des petites fleurs des pâquerettes
So long Big Man
À l'enterrement de Sidney Bechet
Personne n'est venu faire la quête
Pas vous messieurs dames.

À l'enterrement de Sidney Bechet
Y'avait Boris et sa trompette.

À l'enterrement de Sidney Bechet
On jouait de jazz rue de la Huchette.

Dans un club de la New Orléans
Au paradis des musiciens
Il a sûrement une place assise
Dans un orchestre qui se souvient.

À l'enterrement de Sidney Bechet
Y'avait des putes et des poètes
Et des barmans.
À l'enterrement de Sidney Bechet
Y'avait des flûtes des clarinettes

So long Big Man
So long Big Man.

terça-feira, novembro 02, 2010

sábado, outubro 30, 2010

# CDXIII - É um plano bem simples...

.
.
.

[Porto, Rio Douro - Out'10]

Multi-instrumentalista e de ambientes minimalistas, o artista de Coimbra David Santos é o nome por detrás do projecto Noiserv. Neste Julho de 2010, editou o EP intitulado "A day in the day of the days"... a banda-sonora para um dos nossos dias...

É daí este belíssimo tema.


06:00am - Mr. Carousel [Noiserv]

I wanna say it's alive,
I wanna write the end with final surprise
I wanna take it tonight,
I wanna guide the end so simple and tie
And if you feel so sided ...
and if you feel so sided about the plan we've tried
just buy the end
And if you talk with a friend,
with a friend of a friend it's a simple plan
If you wanna take my pride
about the plan when you die just come in
We should talk about them,
about the ones who depend all in the end
When you say to a friend ...
and when you say to a friend
"what a time we spent!"
it just depends...
And if you stop in the end ...
and when you say to a friend
"try as good as you can!"
it's a simple plan.




domingo, outubro 17, 2010

# CDXII - You lost that feeling

.
.
.

[Going - Agst'10]





Uma canção fantástica!
A versão original - dos dEUS.

E o cover, de quem será?



Nothing really ends - dEUS



The plan it wasn't much of a plan
I just started walking
I had enough of this old town
had nothing else to do
It was one of those nights
you wonder how nobody died
we started talking
You didn't come here to have fun
you said: "well I just came for you"

But do you still love me?
do you feel the same
Do I have a chance
of doing that old dance
with someone I've been
pushing away

And touch we touched the soul
the very soul, the soul of what we were then
With the old schemes of shattered dreams
lying on the floor
You looked at me
no more than sympathy
my lies you have heard them
My stories you have laughed with
my clothes you have torn

And do you still love me?
do you feel the same
And do I have a chance
of doing that old dance again
Is it too late for some of that romance again
Let's go away, we'll never have the chance again

You lost that feeling
You want it again
More than I'm feeling
you'll never get
You've had a go at
all that you know
You lost that feeling
so come down and show

Don't say goodbye
let accusations fly
like in that movie
You know the one where Martin Sheen
waves his arm to the girl on the street
I once told a friend
that nothing really ends
no one can prove it
So I'm asking you now
could it possibly be
that you still love me?
And do you feel the same
Do I have a chance
of doing that old dance again
Is it too late for some of that romance again
Let's go away, we'll never have the chance again

I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you

I take it all from you
I take it all from you










sábado, outubro 16, 2010

# CDXI - Angelic females do burn so very well

.
.
.

[Fly away, Out'10]

Wojcik, norte-americana do Michigan, carrega a particularidade de ser filha de cuidadores de animais de um jardim zoológico. ;)

No seu album Diorama tem um dueto, alegre e bem ritmado, com o vocalista punk Tesco Vee, dos Meatmen.
E é o que tenho ouvido nestes dias.


HAILEY WOJCIK (com Tesco Vee)- Model Aeroplane

I built a model airplane just to fly away from you
I built a model airplane and I sniffed up all the glue
But no matter how high I fly I can never outrun you
'Cause you're in my nightmares every night and you're in my daymares too

I stole that submarine so I could sink away from you
You're such a creep, that briny deep was all that I could do
I floated to the surface just to shoot your airplane down
Our proud and blessed union had crashed into the ground

I went to the confession cleared my conscience cleared my throat
They threw me in the bathtub to see if I would float
But I drank up all the water, so they had to make me Pope
But there isn't enough holy wine to numb a heart this broke

Made a deal-o with the devil so I could watch you rot in hell
He said angelic females do burn so very well
He conjured, belched and bellowed as he stoked your funeral pyre
He crushed you into pill form and washed you down with fire

I pray this heartfelt writing finds you racked with mortal pain
'Cause what you did to my heart left a mean and nasty stain
Just try and fly that plane again, you know what I will do

To you just what you did to me
But I'm more fucking pissed than thee
You black-hearted calamity
Our love has turned to tragedy
It's all the fault of you, Hailey
I beg to differ, Tesco Vee
But on this point we can agree
Our love crashed to the ground



sexta-feira, outubro 15, 2010

# CDX - Só sentes falta da água...

.
.
.


... se, um dia, o teu poço secar!



O Blog Action Day de 2010 é subordinado ao tema "A água". E percebe-se por quê:






Com este post, o [4thefun] associa-se ao evento. Divulgo a iniciativa e reclamo a importância deste assunto sem abdicar da estrutura habitual deste espaço.



Pensei numa canção que abordasse, de alguma forma, a temática. E lembrei-me deste blues, interpretado pelo lendário Otis Redding - cuidar dos relacionamentos, das rosas de que cuidamos, das pessoas que cativamos é algo que se impõe enquanto há tempo.



Com a água passa-se algo de muito semelhante!

------------------------------------------



You Don't Miss Your Water
(W. Bell)

In the beginning you really loved me
But I was blind and I could not see
But when you left me oh, how I cried
You don't miss your water till your well runs dry


I was a playboy
I could not be true
I couldn't believe I really loved you
But when you left me oh, how I cried
You don't miss your water till your well runs dry


In the beginning you really loved me
But I was blind and I could not see
But when you left me oh, how I cried
You don't miss your water till your well runs dry
You don't miss your water till your well runs dry



segunda-feira, outubro 11, 2010

# CDIX - Qual beija-flor

.
.
.

[Da net]





1. Encantam-me os colibris.
2. Um dos meus grupos de retorno obrigatório. Têm cd novo. Com esta canção...



"I'm A Hummingbird" - Eels

The old oak tree had roots so far down in the ground
I fell from it and hit the dirt without a sound
I dreamt at night of growing wings so I could fly
A caterpillar to a moth before I die

I plodded through, ordinarily earthbound
I knew my feet could never leave the ground
I went about my way, unsteady and afraid
How could I know I was headed for this day?
All the seconds
And the minutes
And the hours
And the days
And the weeks
And the months
And the years of my life

It was all worth it
To be here now

I'm a hummingbird
Floatin' tree to tree
I'm a hummingbird
Beautiful and free

The old oak tree was dead; I had to cut it down
The sapling roots were new and sprouting through the ground
New worlds were taking shape, unseen and unknown
A branch to rest upon
A place to call my own

Something had changed, and I'm not sure how or why
I wasn't dreaming; I was awake, I was alive
Gave up the ghost; he had nothing left to say
But it was him who brought me to this day
All the seconds
And the minutes
And the hours
And the days
And the weeks
And the months
And the years of my life

It was all worth it
To be here now

I'm a hummingbird
Floatin' tree to tree
I'm a hummingbird
Beautiful and free




terça-feira, outubro 05, 2010

# CDVIII - Lullaby

.
.
.


[Detalhe de Flora, Jardim da Cordoaria, Porto - Set'10]


Ouço-a em mode repeat.

Balogh faz parte dos Kalyi Jag, um grupo cigano da Hungria. Esta canção é cantada em romani, a lingua cigana. Soa-me como uma canção de embalar - e eu adoro-as!


Mori Shej, Sabina / Joszef Balogh


Buter káj egy berseszki szán
Móri drágo piko séj
Vorbisz mánge káki-koki
Móri drágo piko séj

Áj mori séj, mori drago pikonyéj
Álálálá.....
Áj mori séj, mori drago pikonyéj
Álálálá.....

Kináu tuke szomnákáj
Móri drágo piko séj
Lá lumáko szomnákáj
Móri drágo piko séj

Áj mori séj, mori drago pikonyéj
Álálálá.....
Áj mori séj, mori drago pikonyéj
Álálálá.....

Áldin dévlá murá sá
Móri drágo pikonya
Móri drágo pikonya
Murá sukár szábiná

Áj mori séj, mori drago pikonyéj
Álálálá.....
Áj mori séj, mori drago pikonyéj
Álálálá.....









Em inglês, seria algo como:




My Daughter Sabina

You are only just one-year-old
Little, tiny dear daughter
You are chattering to me
Little, tiny dear daughter

Ay daughter, my dear tiny baby,
Alalala.....
Ay daughter, my dear tiny baby,
Alalala.....

I'll buy some gold jewels for you
Dear tiny daughter
All the gold jewels in the world
Dear tiny daughter

Ay daughter, my dear tiny baby,
Alalala.....
Ay daughter, my dear tiny baby,
Alalala.....

God bless my daughter
My tiny baby
My tiny baby
My beautiful Sabina

Ay daughter, my dear tiny baby,
Alalala.....
Ay daughter, my dear tiny baby,
Alalala.....

quarta-feira, setembro 29, 2010

# CDVI - Ojala...

.
.
.


[Areias, pedras e mar - Agosto'10]


Kal Cahoone é de Denver (Colorado). Traz-me, em alguns temas e muito neste, de volta o mundo mágico da muy encantadora e saudosa Lhasa de Sela. E isto basta-me para a acolher de braços (e ouvidos) abertos!

Este Esqueletos parece-me, apesar da língua espanhola, uma animada dança grega!


Esqueletos - Tarantella

Ya han escrito las palabras en la arena
esta poesia de nuestro encuentro
que sangra y sale desde los huesos
nuestros esqueletos de amor
que quedan en las piedras
sobre la arena, tan dorada

Dejame verte y en la luz
dejame demostrarte mi amor
bajo el sol, de tu verano

Dejame verte y en la luz
dejame desnudarte mi amor
bajo el sol, de tu verano

Sueños con el viento,
por fin nos deje tranquilos,
Nuestros huesos tan perdidos
dejame verte en la luz

Ojala...



domingo, setembro 26, 2010

# CDV - "y lo mejor de cada instante"

.
.
.


[ No chão de Valencia, Set'10]


Quem, por curiosidade, tenha visitado o meu perfil de blogger poderá ter visto que uma das minhas canções preferidas é o My Way. Nas suas inúmeras interpretações.

Na verdade, tento agir por forma a tentar sentir-me assim - o que fiz, tudo o que fui fazendo, foi ao meu jeito, à minha maneira...


Como me aconteceu já noutras ocasiões, gostando eu bastante e conhecendo-a desde os meus 11/12 anos, só muito mais tarde reconheci que o Comme d'habitude era o My Way em francês - isto, que poderá parecer anormalmente estranho, comigo é mato. Tal era a importância que as letra tinham para mim que, apesar da música estar lá, como a história cantada não era minimamente igual, nunca poderia ser a mesma canção. Coisas minhas, reconheço...

A versão que deixo em partilha tem o piano do César Camargo Mariano, pai da Maria Rita (filha também da Elis Regina), e a voz da hispânica, embora loira e de olhos azuis, Vicki Carr.



My Way (A Mi Manera)

El fin muy cerca está, lo afrontaré serenamente,
Ya ves, yo he sido así, te lo diré sinceramente
Viví la intensidad y no encontré jamás fronteras
Jugué sin descansar y a mi manera


Jamás viví un amor que para mí fuera importante
Tomé solo la flor y lo mejor de cada instante
Viajé y disfruté, no se si más que otro cualquiera
Si bien, todo eso fue a mi manera.


Tal vez lloré, tal vez reí,
Tal vez gané o tal vez perdí
Ahora sé que fui feliz, que si lloré también amé
Y todo fue, puedo decir, I did it my way.


Quizás también dudé cuando mejor me divertía
Quizás yo desprecié aquello que no comprendía
Hoy sé que infierno fui y que afronté ser como era
Y así logré seguir, a mi manera.


Porque ya sabrás que el hombre al fin
Conocerás por su vivir
No hay porque hablar, ni que decir,
Ni recordar, ni hay que fingir
Puedo llegar hasta el final, I did it my way



quarta-feira, setembro 15, 2010

# CDIV - Actos & Omissões

.
.
.



[É uma pena - Agst'10]


Deixara-se ficar assim, imóvel no sofã.



Convidara-o (ou fora ele quem, comme d'habitude, se tinha imposto?), preparara-lhe o jantar, usara o seu mais bonito e recente serviço de louças. As velas tinham ardido, tornando o ambiente mais acolhedor.

O licor que lhe servira era caseiro - bem como o pão e o presunto.

A música era coisa a cargo do convidado - não conseguira ainda impor-lhe a sua. As novidades trazia-as ele, habitualmente.

O filme já o vira a sós - mas ele ainda não e cultivava este gosto de partilhar (com ele) as artes que apreciava.


Saíra, ele já. Só, de novo.


No sofã, imóvel.


Na sua cabeça, badalavam as palavras dele - Para que guardas tu as palavras? Quando me dizes "Amo-te"?

----------------------------------------------------------


Em audição : Antony And The Johnsons's - Flétta, a duet with Björk.


domingo, setembro 12, 2010

# CDIII - Banjo & Bones

.
.
.



[Beleza e dignidade - Agst'10]


Do seu quinto álbum (Genuine Negro Jig) a canção número cinco. Os Carolina Chocolate Drops são uns artistas modernos, com uma vocalista enérgica, a fazer música soando ao modo antigo.

O álbum merece aprovação sem reservas - e traz uma versão excelente do tema da Peggy Lee retomado pela Jessica Rabbit (Why Don't You Do Right), no momento alto do filme Quem tramou Roger Rabbit.


Cornbread and Butterbeans
The Carolina Chocolate Drops
Traditional lyrics


Cornbread and butter beans and you across the table,
Eating beans and making love as long as I am able,
Hoeing corn and cotton too, and when the day is over,
Ride the mule, and cut the fool, and love again all over.

Goodbye. Don't you cry. I'm going to Lou'siana,
Barkin dog and a big fat hog and marry Suzy Anna.
Sing-song, ding-dong, I’ll take a trip to China,
Cornbread and butter beans, and back to North Carolina.

Wearing shoes and dranken booze it goes against the Bible.
A necktie will make you die and cause you lots of trouble.
Streetcars and whiskey bars and kissing pretty women.
Women yay that's the end of a terrible beginning.

I can't read and don't care and education's awful.
Raising heck and writing checks, it ought to be unlawful.
Silk clothes and frilly hose is just a waste of money.
Come with me and stay with me and say you'll be my honey.



sexta-feira, setembro 10, 2010

# CDII - Das feridas aladas...

.
.
.



[Anjo, Foto da net]

Uma temática muito na moda.
Uma cantora muito apreciada, por mim pelo menos.
:)





Velho Anjo
Ana Moura

Entre as plumas de um velho anjo
roça a sombra na asa ferida
a inocência das mãos no peito e o beijo
salva-me a vida.

Entre os astros d'um céu azul
o cristal de uma voz esquecida
descuidados os pés virados ao sul
salvam-me a vida.

Não há luz que ilumine
a noite intensa
da ausência em mim suspensa.
Que a existência não flui entre os dedos
que os meus segredos são os temores da minha alma assustada
que procura dar-se ao desejo suspenso em ti.

Entre as plumas de um velho anjo
roça a sombra na asa ferida
a inocência das mãos no peito e o beijo
salva-me a vida.

Entre os astros d'um céu azul
o cristal de uma voz esquecida
descuidados os pés virados ao sul
salvam-me a vida.




quarta-feira, setembro 08, 2010

# CDI - Adeus Manel!

.
.
.


[Levantar voo - Agosto'10]



Não foste notícia de abertura nos telejornais nacionais.
Mas deixaste uma pena sem fim nos que tiveram o privilégio de te conhecer.
Adeus, amigo...


Canção Da América
Composição: Fernando Brant e Milton Nascimento
Interpretação : Elis Regina


Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.



domingo, setembro 05, 2010

# CD - Não olheis para o caminho...

.
.
.


[Verde, Setembro'10]

Extensos campos preenchidos com milho. A visão traz consigo, inevitavelmente, a memória das irritantes canas verdes a roçar na pele e a marcar vermelhidões assaz intensas e incómodas. Outros Verões, outros banhos...

E ecoa-me na memória o Zeca Afonso a cantar o Milho Verde. E a versão atrevida, e algo delicodoce, da Gal Costa.

E esta, interessante e bem conseguida, do Quinteto Jazz de Lisboa:





Milho verde
[Canção popular da Beira-Baixa]


Milho verde, milho verde
Ai milho verde, milho verde
Ai milho verde miudinho
À sombra do milho verde
Ai, à sombra do milho verde
Ai namorei um rapazinho
Ai namorei um rapazinho


Milho verde, milho verde
Ai milho verde, milho verde
Ai milho verde maçaroca
À sombra do milho verde
Ai, à sombra do milho verde
Ai namorei uma cachopa
Ai namorei uma cachopa


Milho verde, milho verde
Ai milho verde, milho verde
Ai milho verde folha larga
À sombra do milho verde
Ai, à sombra do milho verde
Ai namorei uma casada
Ai namorei uma casada

Mondadeiras do meu milho
Ai mondadeiras do meu milho
Ai mondai o meu milho bem
Não olheis para o caminho
Ai não olheis para o caminho
Ai que a merenda já lá vem
Ai que a merenda já lá vem
Ai que a merenda já lá vem




quinta-feira, setembro 02, 2010

# CCCXCIX - E ainda Paulo Bragança...


.
.
.


[Altares naturais - Porto, Agst'10]

Em Dezembro de 2006, perguntava-me por onde andaria Paulo Bragança...


Em
Março de 2008, recorria a uma das suas canções para um post. E continuava sem saber o que seria feito deste artista.

Por estes dias, soube que se começa "a encontrar" artisticamente de novo. E isso é muito bom! Num filme do irlandês Fergal Rock, Paulo Bragança desempenha o papel de Henry, um palhaço desempregado que se apaixona por uma famosa actriz de novelas, Sunny Carmichael - e, no fundo, todos nos identificamos com o palhaço que sofre por amor, não é?

Henry & Sunny fica debaixo de olho.

O vídeo de promoção do filme:



E a entrevista com o Paulo Bragança, em três partes :










E eu sei que este post vai compridoooooo, mas falar deste artista obriga a ouvi-lo no que faz muito bem - cantar!

A sua versão de Senhora do Almortão (Almurtão para os residentes de Idanha-a-Nova), do disco de estreia de Paulo Bragança, Notas da Alma:


Senhora do Almortão
(Popular Beira-Baixa)

Senhora do Almortão,
Oh, minha rosa encarnada,
Ao cimo do Alentejo
Chega a vossa nomeada...
Senhora do Almortão,
Ó minha linda raiana,
Virai costas a Castela,
Não queirais ser castelhana,
Não queirais ser castelhana, ahhh...

Nossa Senhora da Póvoa,
Nossa Senhora da Póvoa...
Minha boquinha de riso,
Minha maçã camoesa,
Minha maçã camoesa...
Criada no paraíso,
Criada no paraíso...

Senhora do Almortão,
A vossa capela cheira,
Cheira a cravo, cheira a rosa,
Cheira a flor da laranjeira,
Cheira a flor da laranjeira.

Nossa Senhora da Póvoa,
Nossa Senhora da Póvoa...
Minha boquinha de riso,
Minha maçã camoesa,
Minha maçã camoesa...
Criada no paraíso,
Criada no paraíso.









domingo, agosto 29, 2010

# CCCXCVIII - Lindo!

.
.
.
.


De uma ternura sem fim...






BRIGHT EYES
"First Day Of My Life"

This is the first day of my life
I swear I was born right in the doorway
I went out in the rain suddenly everything changed
They're spreading blankets on the beach

Yours is the first face that I saw
I think I was blind before I met you
Now I don’t know where I am
I don’t know where I’ve been
But I know where I want to go

And so I thought I’d let you know
That these things take forever
I especially am slow
But I realize that I need you
And I wondered if I could come home

Remember the time you drove all night
Just to meet me in the morning
And I thought it was strange you said everything changed
You felt as if you'd just woke up
And you said “this is the first day of my life
I’m glad I didn’t die before I met you
But now I don’t care I could go anywhere with you
And I’d probably be happy”

So if you want to be with me
With these things there’s no telling
We just have to wait and see
But I’d rather be working for a paycheck
Than waiting to win the lottery
Besides maybe this time is different
I mean I really think you like to me

quinta-feira, agosto 26, 2010

# CCCXCVII - Tout ira bien!

.
.
.

[Jardim Paulo Vallada, Porto - Agosto'10]



As canções de resistência sempre me agradaram. Já por diversas vezes fui partilhando canções deste género..


Os franceses Noir Desir (com Manu Chao, na guitarra) tiveram um sucesso assinalável com Le vent nous portera.


A suiça Sophie Hunger, no seu albúm de 2010 (de nome 1983) apresenta um cover muito interessante deste tema.



"Le vent nous portera"
[Sophie Hunger]

Je n'ai pas peur de la route
Faudrait voir, faut qu'on y goûte
Des méandres au creux des reins
Et tout ira bien là
Le vent nous portera

Ton message à la Grande Ourse
Et la trajectoire de la course
Un instantané de velours
Même s'il ne sert à rien va
Le vent l'emportera
Tout disparaîtra mais
Le vent nous portera

La caresse et la mitraille
Et cette plaie qui nous tiraille
Le palais des autres jours
D'hier et demain
Le vent les portera

Génetique en bandouillère
Des chromosomes dans l'atmosphère
Des taxis pour les galaxies
Et mon tapis volant dis ?
Le vent l'emportera
Tout disparaîtra mais
Le vent nous portera


Ce parfum de nos années mortes
Ce qui peut frapper à ta porte
Infinité de destins
On en pose un et qu'est-ce qu'on en retient?
Le vent l'emportera

Pendant que la marée monte
Et que chacun refait ses comptes
J'emmène au creux de mon ombre
Des poussières de toi
Le vent les portera
Tout disparaîtra mais
Le vent nous portera