domingo, agosto 31, 2008

# CCLXI - Mas por que é que eu recuso / quem quer dar-me a mão

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[Há mãos assim...]





... e há gente assim, com dias em que sentem vontade de "ir, correr o mundo e partir", "feito um pé-de-vento".


Noutros, cansam-se. Têm dificuldade em entender casulos que, mais que protegerem, limitam.


Coisas de pele, dir-lhes-ão. E falar-lhes-ão dos dois cérebros que carregam, um dos quais ocupando o lugar onde habitualmente está alojado o coração.


E insistirão na vidinha que levam, deixando a vida passar-lhes ao lado.


"E vem-nos à memória uma frase batida" - ninguém pode dar o que não tem.


Insistência, persistência, teimosia ou pura estupidez? Essa sua estupidez? Esta minha estupidez?



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ESTOU ALÉM

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde

Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas por que é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar
O meu mundo
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só quero estar
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou

António Variações - interpretado pelos Donna Maria.








6 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Uma bela canção do António Variações...
Infelizmento o seu desassossego levou-o a partir demasiado cedo!

Abraço

IC disse...

:)

(Deixei-te um convite no Aragem)

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tsiwari disse...

Rosa dos Ventos: abençoados os desassossegados porque fazem mover o mundo (este!). E PARTIR é sempre cedo demais, não é verdade? ***

ic : lá vou eu espreitar. Mas confesso-te que esta altura não é das mais proprícias a desafios que impliquem dispêndio de tempo. ;)****

Anónimo disse...

"Houve uma época das nossas vidas em que estávamos tão próximos que nada parecia obstruir a nossa amizade e fraternidade, apenas uma pequena ponte nos separava. Quando estavas prestes a atravessar a ponte, perguntei-te: "Queres atravessar a ponte até mim?" De imediato, deixaste de o querer e,quando repeti a pergunta, ficaste calda. Desde então, montanhas, rios caudalosos e o que quer que nos separe e aliene, interpuseram-se entre nós e, mesmo que nos quiséssemos reunir, não conseguiríamos. Agora, ao pensar na pequena ponte, perdes as palavras e soluças, maravilhas-te." Nietzsche, A Gaia Ciência
Sentimos ódio por quem devessa os nossos segredos e nos vem com sentimentos meigos. O que precisamos nessa altura não é de simpatia, mas de recuperar o domínio das nossas próprias emoções

tsiwari disse...

(m)ana : li, reli e não sei se percebi.

"Bota" complicação neste teu comentário, credus!!!!


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Anónimo disse...

bjinhos****