quinta-feira, maio 11, 2006
# XXIII - O som que ele tem
(Na margem do Rio Ferreira, em Lordelo, no anoitecer de hoje)
Quando era menino e moço, nadei neste rio horas sem fim.
Éramos grupos de 3, 13, 23... Subíamos o rio, a nado, de ponte a ponte. Às vezes, passava por nós uma cobra de água e achavamos-lhe graça no seu nadar ondulante. Nem as ratazanas nos moviam. Se não nos metessemos com elas, nada nos acontecia. Caso contrário, fugiam. LOL!
Não éramos peritos em técnicas de natação, das que se aprendem nas piscinas municipais : o crawl, os bruços, as costas ou a mariposa. A maior parte de nós desenrascava-se... no início nadando "à cão", com a cabeça de fora, e bem gozados pelos restantes.
Eram Verões inteiros assim...
Quando regressavamos, quase noite, a casa vinhamos cansados e a combinar a tarde seguinte, no rio.
Pelo caminho, por vezes, usavamos estas flores que se podem ver na fotografia para, premindo a abertura e batendo com a flor na mão, fazermos sons. Às flores chamavamos "estreques", pelo som produzido, acho eu.
Ainda hoje não lhes conheço outro nome que melhor lhes assente...
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