sexta-feira, julho 09, 2010

# CCCLXXXVI - As velhinhas cartas de amor

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[Porto, Jul'10]




Parte I
Uma coisa que ocupa muitas vezes é o olhar, o procurar reparar, o tentar ver, o observar constantemente o que me rodeia e imaginar como ficaria capturado esse olhar numa fotografia..

Passeando pelo Porto, um destes dias, pousei o meu olhar nas caixas de correspondência que adornam muitas portas de madeira.

Parte II
Remonta a 1945 o nascimento desta canção por Dick Haymes com Victor Young and His Orchestra. Depois inúmeras versões foram gravadas: Tony Bennett, Nat King Cole, Perry Como, Peggy Lee, The Marvelettes, Cliff Richard, Sandie Shaw (a menina descalça do festival), o próprio Elvis Presley, Don McLean, Sinéad O´Connor, Bonnie Raitt & Elton John, Diana Krall, Etta James, Elkie Brooks, Aretha Franklin, Jason Donovan... só para mencionar alguns.
A primeira do meu Top é esta versão da Alison Moyet:


Parte III
Love Letters by Alison Moyet


Love letters straight
from your heart
Keep us so near
while apart

I'm not alone in the night
When I can have all the love
that you write

I memorize every line
And I kiss the name
that you sign

And darling then
I read again
right from the start

Love letters straight
from your heart

I memorize every line
And I kiss the name
that you sign

And darling then
i read again
right from the start

Love letters straight
from your heart




4 comentários:

wandering disse...

Dá para imaginar a menina à janela, esperando o carteiro, com notícias do lado de lá.
Mário Zambujal diz "Já não se escrevem cartas de amor", mas há sms e msn...Dizem os nostálgicos que não é a mesma coisa.
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"; no que diz respeito ao amor acho que as vontades vão sendo as mesmas.
Gosto da música.
Love letters straight from your heart ou sms straight from your heart. Qual será mais verdadeira?
:)

tsiwari disse...

wandering : se vierem mesmo do coração, acredito que serão ambas verdadeiras.

Sabes, curiosamente, estive hoje numa feira de antiguidades e vendiam uns postais antigos, escritos com uma caligrafia divinamente bela, onde um cavalheiro se derretia de amores pela destinatária.

Os postais eram muito bonitos, daqueles que nos habituámos a ver em antiquários, destinados a coleccionadores.

Estes pareciam ter a mais-valia da escrita...

Estranhamente, mais do que uma nostalgia quente que me pusesse um sorriso colorido na alma, senti como que uma pena algo angustiante... soava-me a devassa de intimidade.

Neste sentido, os sms são menos incómodos.

:)***

deep disse...

O primeiro parágrafo da Parte I podia pertencer-me. :)

As cartas - de amor ou de amizade - são insubstituíveis. Os sms podem ser bons, mas não há satisfação que se compare àquela que se experimenta quando uma carta nos surpreende, entre contas e publicidade, na caixa de correio.

Boa semana. :)***

tsiwari disse...

deep : nos olhares, também nos identificamos. :)

E entendo o que queres dizer com a surpresa duma carta que não nos quer sacar dinheiro.


:)***

Boa semana também para ti