terça-feira, março 27, 2007

# CXCII - Resgatando memórias


(So long - Março'2007)


Eram os anos 80. Com as músicas especiais dessa época...as tais que me fazem, muitas vezes, parar e pensar..."conheço esta"...e começar a trauteá-la, pouco depois.
Dos Fisher-Z gosto de (re)ouvir, vezes sem conta, este "So long":

So Long

When I read your letter I couldn't believe that you'd gone.
I dialled your number but no one answered the phone.
I asked your friends to tell me if they knew where you were,
they said they thought that you were ill.

I hired a detective to try and find out where you are.
He managed to trace you, he said you were living in France.
A watchman saw you climb into someone else's car and drive off
laughing in the night.

Why didn't you tell me? Not leave me this way.
You could have told me and not waited for so long.

I've tried to forget you but I find myself walking the street.
I went to the doctor and he gave me something to sleep.
I've sentyou telegrams but you haven't answered one.
Your mother told me I best leave you well alone.

I hope you're satisfied now you've done this thing to me.
I hope you're pleased with what you've done.

Why didn't you tell me? Not leave me this way.
Oh you could have toldme and not waited for so long.

For so long I never realized just exactly who you were.
I never realized just exactly.
I've never realized the girl I had before.
I hope you're satisfied you won't hear from me again.
I hope you're pleased with what you've done.

Why didn't you tell me? Not leave me this way.
Oh you should have told me and not waited for so long.





sábado, março 10, 2007

# CXCI - As coisas simples


(Algures da net)

--<@

A vida ensina-nos, por vezes duma maneira cruel que há gentinha que nada vale.
Que nos sorriem, por hipocrisia.
Que se movem num nível tão baixo que nos passa despercebido, a nós habituados que estamos a olhar em frente e para cima.
E, hoje, fica apenas uma canção... ...Embora triste, como triste é essa gentalha, é muito bonita.
--<@
Alberto Pla, "Yo quiero que tu sufras "

Yo quiero que tu sufras
lo que yo sufro
y aprenderé a rezar para lograrlo
yo quiero que te sientas
tan inútil
como un vaso sin whisky
entre las manos
y que sientas en tu pecho el corazón
como si fuera de otro
y te doliera.

yo te deseo la muerte
donde tu estés
y aprenderé a rezar para lograrlo

yo quiero que tu sufras
lo que yo sufro
y aprenderé a rezar para lograrlo

Yo quiero que te asomes
a cada hora como un preso
asomado por tu ventana
y que te sean las piedras de la calle
el único paisaje de tus ojos.

yo te deseo la muerte
donde tu estés
por dios que
y aprenderé a rezar para lograrlo





terça-feira, março 06, 2007

# CXC - E uma vontade de ir...


(Homem do Leme, Porto, Julho de 2006)



Um dos hinos da música portuguesa.
Um símbolo de resiliência.
Uma fonte de inspiração.
Um grito mudo.
A vida a fugir
E, cá dentro,
Uma vontade de ir...

---<@

Xutos e Pontapés - O Homem do Leme

Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.

E mais que uma onda / mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo / impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade,
rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, / vai o homem do leme...
E uma vontade de rir / nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, / correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo do mar
jazem os outros, os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.

E mais que uma onda / mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo / impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade,
rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, / vai o homem do leme...
E uma vontade de rir / nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, / correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...


No fundo horizonte
sopra o murmúrio
para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...

E mais que uma onda / mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo / impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade,
rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, / vai o homem do leme...
E uma vontade de rir / nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, / correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...







sábado, março 03, 2007

# CLXXXIX - De volta


(Puerto Banus - o luxo, a vaidade, o jogo?)

Como em todos os carnavais, há sempre a quarta-feira.
Longe do desgaste do quotidiano, na maior marina da Europa, esta canção não me saía da cabeça ...

---<@

Dama do cassino
(Caetano Veloso)

Eu prometi e cumpri mil carinhos
E muito respeito
Amor perfeito nos momentos bons
E nos momentos maus
Mas essa dama danada nunca encontra
Nada a seu jeito
Ela só busca as espadas, os ouros
As copas e os paus

Eu planejei sete luas de mel
Caravanas e tropas
Museus, paisagens, perfumes, vestidos
Receitas e roupas
Mas essa dona maldita sequer
Acredita em Europas
Ela só sonha com ouros, com paus
Com Espadas, com copas

Diz-se que quem é feliz no amor
No jogo é infeliz
E de quem faz do amor
Um jogo o que é que se diz?
Eu não sei jogar e ela é a rainha
Como poderei pensar que ela é minha?

Eu escrevi canções pra caminhões
De guitarras e couros
Que se tornaram estouros em mais
De muitos carnavais
Mas pra essa Diva jamais
O sambódromo, o autódromo, os touros
Ela só fica pensando em paus
Copas, espadas e ouros

Eu já fiquei como Erasmo
Sentado à margem das estradas
À espera de uma palavra na boca
Um gesto nas mãos
Mas essa deusa só diz nãos e
Nuncas e necas e nadas
Ela só pensa nas copas, nos paus
Em ouros, em espadas


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Composta por Caetano Veloso, tem na voz de Jussara Silveira um quê de especial: