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[Sansepolcro, Itália - Maio'10]
Continua, assim, à sua espera. Na parede do quarto, aquela onde tem o número da casa para que o carteiro saiba onde depositar as cartas por que insiste em esperar, dia após dia, semana após semana, mantém, com cuidados mil, os amores-perfeitos. E, se um dia o capitão vier, reconhecerá facilmente a casa onde mora - falara-lhe do vaso, das flores... e sebe que ele se lembra.
[ Acontece-me, por vezes, acordar com uma qualquer canção ou melodia a soar na cabeça. Hoje, foi esta - não a ouço nem sei há quanto tempo já. É mesmo do baú... ]
"The Captain of Her Heart" - Double
It was way past midnight
And she still couldn't fall asleep
This night the dream was leavin'
She tried so hard to keep
And with the new day's dawning
She felt it drift away
Not only for a cruise
Not only for a day
CHORUS
Too long ago
Too long apart
She couldn't wait another day for
The captain of her heart
As the day came up she made a start
She stopped waiting another day for
The captain of her heart
CHORUS
Too long ago
Too long apart
She couldn't wait another day for
The captain of her heart
CHORUS
Too long ago
Too long apart
She couldn't wait another day for
The captain of her heart
As the day came up
She made a stop
She stopped waiting another day for
The captain of her heart
CHORUS
Too long ago
Too long apart
She couldn't wait another day for
The captain of her heart
6 comentários:
Amores-perfeitos e um número primo, é gira a foto.
A música também, e realmente sempre fui mais favorável ao "quem espera desespera" do que ao "quem espera sempre alcança".
:)*
Já não ouvia isto há séculos! Boa lembrança.
Eu acho que quem espera, não só desespera, como raramente alcança.
:)***
P.S. - "Hablar" é a palavra que terei de escrever na caixa de verificação.
wandering : só mesmo tu para realçares o detalhe do "primo".
O desespero não é coisa que nós acalentemos, certo?
deep : hablar é sempre boa ideia, enquanto se espera, tentando não desesperar e procurando alcançar.
Sê-lo-á, desde que não se fique por aí, presos nas palavras, amarrados a diálogos que, por vezes, são surdos.
:)****
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. Fernando Pessoa
Mas ainda bem que temos o baú das memórias, para guardar tudo que nos faz bem recordar
:)****
yuvaíka - à margem de nós mesmos é uma imagem muito forte, muito à Pessoa.
É precisamente isso que procurao evitar que aconteça...
:)***
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