(Na Feira do Atesanato, em Vila do Conde, 23 Jul 2006)
Considerada a mais emblemática das canções galegas, poema de autoria de Rosalia de Castro (1837-1885) e música do compositor Juan Montes (1840-1899), este Negra Sombra resistiu à passagem dos anos.
Fez parte da banda sonora do muy belo Mar Adentro, com a voz de prata da Luz Casal e acompanhada pelo músico galego Carlos Núñez.
Foi, para mim, uma surpresa este belíssimo tema.
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Negra Sombra
Cando penso que te fuches,
negra sombra que me asombras,
ó pé dos meus cabezales
tornas facéndome mofa.
Cando maxino que es ida,
no mesmo sol te me amostras,
i eres a estrela que brila,
i eres o vento que zoa.
Si cantan es ti que cantas;
si choran, es ti que choras,
i es o marmurio do río,
i es a noite i es a aurora.
En todo estás e ti es todo,
pra min y en min mesma moras,
nin me dexarás ti nunca,
sombra que sempre me asombras
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Um pouquinho para ouvir:
3 comentários:
É, de facto, belíssimo! Abraço.
E com o poema e a música me vou deitar.
E vou dormir bem.
Tema triste, mas muito bonito. Lembrei-me que há muito tempo não pego nos Cantares Gallegos de Rosalía, que comprei em Santiago há uns anos.
Com muita pena minha, não vi Mar Adentro... talvez aproveite as férias para o ver.
Boa noite!
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