Começou, em 1993, num café de Sidney - o Tropicana - e é actualmente considerado como um dos melhores meios de promover a nível mundial este género de trabalhos.
Este post é dedicado à B. que, num destes dias, me deixou na secretária um pequeno papel com uma frase apenas : "No man is an island".
- Conheço a frase - disse-lhe.
Então ela falou-me da autoria da frase, de outros usos da mesma, do Hemingway, ..., uma conversa rápida, de rajada, diria eu.
Curioso, como sou, fui a saber de onde conhecia a frase. E onde entraria o Hemingway...
Descobri a autoria - John Donne (1572-1631). Donne escreveu em Devotions Upon Emergent Occasions, Meditation XVII: Nunc Lento Sonitu Dicunt, Morieris :
" No man is an island entire of itself; every man is a piece of the continent, a part of the main. If a clod be washed away by the sea, Europe is the less, as well as if a promontory were, as well as if a manor of thy friend's or of thine own were: any man's death diminishes me, because I am involved in mankind, and therefore never send to know for whom the bells tolls; it tolls for thee."
Já se percebe onde entra Hemingway. No seu afamado livro Por quem os sinos dobram, datado de 1940, em cujo parágrafo inicial se pode ler "nenhum homem é uma ilha".
P.S. - As pesquisas levaram-me mais longe... mas isso ficará para outros posts!
7 comentários:
Este vídeo é, de facto, muito bonito. Também o postei há uns tempos, mas não me ocorreu procurar a origem da frase - ainda bem que há quem se tenha lembrado de o fazer (isto também prova que cada um de nós não é uma ilha)!
Fico a aguardar pelo resto das informações, para satisfazer a minha curiosidade. :)
Boa semana. ;)***
Olá deep.
Espicaçado, vou atrás... é um facto.
Boa semana para ti tb.
:)****
Vídeo muito interessante!
Conheço bem a frase mas às vezes sinto-me uma ilha!
Abraço
Foi através do twitter que conheci este video, excelente! Nenhum homem/mulher se deveria sentir assim, no entanto são imensos que se sentem assim, por variadíssimos motivos. A solidão é a pior das epidemias..bjs
Rosa dos Ventos : Todos nós, julgo eu, nos sentimos ilhas, por vezes... e ainda bem. Faz-nos falta esse sentir, também.
:)****
Nenúfar : este sentir, de forma permanente, será destruidor d'almas... e a solidão, concordo, é uma das epidemias destes tempos.
Boas aulas!
;)***
Finalmente pude atracar! «atracar»? perguntar-me-ão, então aonde? Numa ilha! Sim. Porque os homens também são ilhas e hoje chego de viagem por tantas outras (e não contradigo o citado, contraditórias são as palavras) se somos parte de um todo,então e os arquipélagos e os continentes e os rios e os mares,e os ventos e as marés,e as estrelas e os planetas e o infinito? B de Barqueiro -talvez seja esta uma das grandes missões- levar mensagens, sustento, qual Carteiro de Neruda ou Princepezinho que anda à procura de homens, à procura de amigos mas que só depois de conhecer a raposa entendeu que «Só conhecemos o que cativamos...» mas «Os homens deixaram de ter tempo para conhecer o que quer que seja.»
A tormenta tolhe as viagens mas não me atormento. Esperei mas sigo viagem e continuarei a cativar. Pergunto ao Oráculo e os Planetas do Céu avisam que os riscos são grandes mas que o sucesso será meu. Cativámo-nos. Agradeço. Seguirei viagem, outras ilhas, e nas velas o Oráculo sopra ainda «Que será de ti, Homem,se um insecto é bastante para estraça-lhar-te a paz?»
Enviar um comentário