segunda-feira, agosto 28, 2006

# CXXXVII -E ouver (ouvir e ver) Vitorino


(Na feira Agrival, em Penafiel, sábado pela noitinha)

Sempre gostei do Vitorino. Das suas canções e da sua postura, enquanto músico/cantor português e enquanto defensor da música portuguesa.

Dei por bem empregue a ida à feira da agricultura - não vi nada da feira, só o concerto.

Quando cantava as canções mais populares, a massa assistente entoava ao mesmo tempo e chegava a arriscar uns passos de dança. Mas quando tentava cantar uma canção mais paradita, menos popular, havia sempre uma debandada de uns quantos...Ele, atento, referiu isso mesmo. E sugeriu que se fizesse um esforço para se ouvir:

- "A música portuguesa não passa na rádio nem na televisão. Há que ouvir, para se conhecer, para se apreciar".

E notou uma árvore pikena, em frente ao palco, que deixava um espaço aberto de pessoas atrás de si (atrás da árvore não se via o cantor!).

Entre muitas e boas canções, cantou este "Fado da prostituta da rua de Sto. António da Glória", com letra de António Lobo Antunes e música do próprio Vitorino. Foi um momento baixo do espectáculo. A tal debandada... Eu gostei muitíssimo de o ouver, neste tema.

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Fado da prostituta da rua de Sto. António da Glória

Minha nau com dois corvinhos
Meu mosteiro à beira mar
Acordeão de ceguinhos
Agulha de marcar
Minha promessa de cera
Meu poente sobre o rio

Oh minha folhinha de hera
Pesponto do casamento
Minha santa Filomena
Meu fio de ouro quebrado
Minha rolinha de empena
Afago de namorado
Minha andorinha de louça
Pendurada da janela

Oh meu sorriso de moça
Minha lágrima de vela
Meus seinhos de mulher
Cornichos de Satanás
Se me derem a escolher
Vida ou morte...tanto faz!
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sábado, agosto 26, 2006

# CXXXVI - Como um pássaro livre I


(Andorinhas, em conferência de irmandade - Agosto, 2006)

A questão da liberdade, do não ter senão as amarras pretendidas, sempre me foi muito cara.

Assim, esta fotografia e esta canção são do meu agrado...

A canção chama-se "Free bird", é da autoria de Lynyrd Skynyrd e aqui é cantada a capella pelo Arnold McCuller. Faz parte da banda sonora do filme "Duets".


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If I leave here tomorrow
Would you still remember me?
I must be travelling on, now,
'Cause there's too many places
I've got to see.
If I stayed here with you, now,
Things just couldn't be the same.
'Cause I'm as free as a bird now,
And this bird you can not change.
Oooooowww
And this bird you can not change.
Lord knows, I can't change
Lord knows, I can't change
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quinta-feira, agosto 24, 2006

# CXXXV - Tenho no quintal um limoeiro


(... que dá limões, assim!)


Voltado de férias, ando perdido entre ajustamentos de horários e preparação de arranque do próximo ano lectivo.
E sempre ouvindo música!
Ando a deliciar-me com a mais do que perfeita aliança da Ronda dos Quatro Caminhos e Coros do Alentejo com a Orquestra Sinfónica de Córdova.
Deixo um excerto (mais um!) do tema que tem bailado na minha cabeça neste dias - Limoeiro:






sexta-feira, agosto 18, 2006