sexta-feira, outubro 24, 2008

sábado, outubro 18, 2008

# CCLXXII - Se...

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[Casa, hoje]

... eu tivesse uma garrafa assim, seria(mos) mais felizes?



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Time in a bottle - Jim Croce


If I could save time in a bottle
The first thing that I'd like to do
Is to save every day
Till eternity passes away
Just to spend them with you

If I could make days last forever
If words could make wishes come true
I'd save every day like a treasure and then,
Again, I would spend them with you

But there never seems to be enough time
To do the things you want to do
Once you find them
I've looked around enough to know
That you're the one I want to go
Through time with

If I had a box just for wishes
And dreams that had never come true
The box would be empty
Except for the memory
Of how they were answered by you

But there never seems to be enough time
To do the things you want to do
Once you find them
I've looked around enough to know
That you're the one I want to go
Through time with




domingo, outubro 12, 2008

# CCLXXI - Vindimando recordações

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[Da ramada do meu pai]



Há vinte anos Carlos Paião comovia um país inteiro com a sua morte. Em 1983, com a Cândida Branca Flor, levava ao festival aquela que se tornou uma das suas mais conhecidas canções : Vinho do Porto. O festival da canção era um acontecimento nacional e o país parava para ver tal coisa na RTP. Lembro-me das roupas espalhatafosas e do ritmo alegre do tema. Nessa altura, a letra passava-me completamente ao lado. E a riqueza da letra, traduzindo um olhar atento e uma sensibilidade apurada, merece bem que se lhe dê atenção! Carlos Paião era um capturador das almas dos que o rodeavam.


Em boa altura, lembraram-se de fazer um disco de homenagem ao artista, com novas interpretações/roupagens de alguns dos seus trabalhos. Ao ouvir a versão do Vinho do Porto, pelos "meus" Donna Maria, regressaram memórias guardadas algures num qualquer recanto da mente - que interpretação tão bem conseguida esta! À cadência, que Carlos Paião lhe dera, de comboio percorrendo os montes enriquecidos com as vinhas, os Donna Maria acrescentaram uns laivos de tango e modernidade.

Atentei, pois, também na letra, desta vez. Continua pertinente (e de que maneira...) - Há-de haver Porto / para o desconforto / Para o que anda torto / neste navegar basta querermos "entornar a pequenez".





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Vinho do Porto
Carlos Paião - Interpretação dos Donna Maria


Primeiro a serra semeada terra a terra
Nas vertentes da promessa, nas vertentes da promessa
Depois o verde que se ganha ou que se perde
Quando a chuva cai depressa, quando a chuva cai depressa
E nasce o fruto quantas vezes diminuto
Como as uvas da alegria, como as uvas da alegria
E na vindima vão as cestas até cima
Com o pão de cada dia, com o pão de cada dia

Suor do rosto pra pisar e ver o mosto
Nos lagares do bom caminho, nos lagares do bom caminho
Assim cuidado faz-se o sonho e fermentado
Generoso como o vinho, generoso como o vinho
E pelo rio vai dourado o nosso brio
Nos rabelos duma vida, nos rabelos duma vida
E para o mundo vão garrafas cá do fundo
De uma gente envaidecida, de uma gente envaidecida

Vinho do Porto, vinho de Portugal
E vai à nossa,à nossa beira mar
À beira Porto, à vinho Porto mar
Há-de haver Porto, para o nosso mar

Vinho do Porto, vinho de Portugal
E vai à nossa, à nossa beira mar
À beira Porto, à vinho Porto mar
Há-de haver Porto, para o desconforto
Para o que anda torto, neste navegar

Por isso há festa não há gente como esta
Quando a vida nos empresta uns foguetes de ilusão
Vem a fanfarra, os míudos, a algazarra
Vai-se o povo que se agarra pra passar a procissão
E são atletas, corredores de bicicletas
E palavras indiscretas na boca de algum rapaz
E as barracas mais os cortes nas casacas
Os conjuntos, as ressacas e outro brinde que se faz

Vinho do Porto vou servi-lo neste cálice
Alicerce da amizade em Portugal
É o conforto de um amor tomado aos tragos
Que trazemos por vontade em Portugal
Se nós quisermos entornar a pequenez
Se nós soubermos ser amigos desta vez
Não há champanhe que nos ganhe
Nem ninguém que nos apanhe
Porque o vinho é português







domingo, outubro 05, 2008

# CCLXX - Por terras d'Além...

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[... perto da pureza das terras verdadeiras! - Hoje, em passeio]



Um fim de semana bem diferente. Paisagens de cortar a respiração. Histórias de entristecer qualquer um.

E uma canção a servir de banda sonora, a tudo o que entrava alma dentro. Concretamente, esta dos Quadrilha, lembrada também pela indicação na placa.

Um pedaço do paraíso experienciado. Obrigado, Z&M.



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Hino à Ponte da Misarela
Letra de Sebastião Antunes
Quadrilha



Levanta-se a mulher noite calada,
Como se a manhã já estivesse a chegar.
Vai a ver dos auxílios do azeite,
Já tem mais de mil quebrantos p'ra rezar.
Não se tem prenha por nada, não se alegra;
Já não sei que mais lhe eu faça p'ra a alegrar;
O diabo é que a barriga não lhe medra
De tão triste que ela anda, já se anda a desesperar.




E quando vier a noite escura
Havemos de ir os dois à Misarela
Que o menino venha breve, são e salvo
E que ninguém tenha pragas p'ra lhe rogar
E que a desgraça não nos entre casa dentro:
Cruzes, credo, nem por nada!
E que se acabe o mal que nós temos passado
E que haja alguém que lá passe p'ró baptizar
E que o remédio seja santo
Quando formos à ponte da Misarela.




Mal a noite caia pelos penedos
Vamos lá mas não o contes a ninguém!
Havemos de esperar um viajeiro
Que nos baptize o menino ainda na mãe;
Se for moça há-de chamar-se Senhorinha
Se for homem o nome há-de ser Gervaz
Tantas vezes me endoidei no corpo dela
Hoje vou à Misarela, já nem hei-de olhar p'ra trás!

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Nota : No final da canção, que podem ouvir clicando no play ;), ouve-se o Sebastião Antunes a anunciar a canção seguinte do cd Quadrilha - Deixa que Aconteça [Ao Vivo - 2007] - Um MUST HAVE em qualquer boa colecção de discos!







Parte da lenda pode ser conhecida aqui :


quarta-feira, outubro 01, 2008

# CCLXIX - No dia Internacional da Música

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[Autoria desconhecida]






Este dia, de celebração de uma das melhores coisas do mundo, não podia passar despercebido no 4thefun.

Teria que ser algo de muito especial, algo com laivos de Jazz, uma voz feminina, uma interpretação ao vivo, um tema dos que me são mais caros...

Trouxe Alberta Hunter, no festival de Jazz de Berlin, em 1982, numa interpretação do sublimemente belo "How deep is the ocean", de Irvin Berlin.

[ ´cause I know you love music, real music ]





How Deep Is The Ocean letra de Irving Berlin
Interpretação : Alberta Hunter

How much do I love you?
I'll tell you no lie
How deep is the ocean?
How high is the sky?

How many times a day do I think of you?
How many roses are sprinkled with dew?

How far would I travel
To be where you are?
How far is the journey
From here to a star?

And if I ever lost you
How much would I cry?
How deep is the ocean?
How high is the sky?